terça-feira, 12 de junho de 2012

RUMO À QUALIFICAÇÃO


Após uma boa exibição de organização defensiva inspirada, quem sabe, pelo Chelsea, a Dinamarca enfrenta Portugal motivada pela recente vitória e por um feliz passado recente  contra a nossa seleção. Não é uma seleção em nada superior à nossa, mas com o passar do tempo,  a nossa seleção terá de saber ser estável emocionalmente.
Defensivamente é uma seleção compacta, transforma o seu 4-3-3 em um 4-2-3-1 onde os dois medios defensivos realizam um jogo de coberturas constantes. Os mesmos, têm a capacidade de realizar a transição com sucesso explorando maioritariamente os corredores laterais onde a velocidade é facilmente explorada como recurso para chegar a Bendnter (a  referência ofensiva).


Ofensivamente não é um conjunto de posse de bola, mas ao transitar alarga e verticaliza bem o jogo, explorando facilmente os espaços nas costas da linha defensiva adversária.  
Portugal se pressionar o inicio de construção da Dinamarca irá criar-lhes facilmente problemas, os 4 defesas não são técnicamente evoluidos e tendem a tentar sair de pressão para zonas apertadas e com pouca qualidade de execução. Apanhando a Dinamarca em transições deficitárias em situações em que Ronaldo e Nani possam encontrar-se com espaço, o sucesso de finalizar é grande.
É certo que Paulo Bento não inovou, contudo soube moldar e dar vida ao triangulo de meio campo. Veloso e Moutinho em parelha defensiva souberam estar, apesar da baixa intensidade de Veloso nos duelos individuais, Meireles mais solto e criativo combina bem com Ronaldo e Nani.
A solução, a meu ver, passa por ter os ultimos 25 minutos de Portugal como referência com:

- Linhas unidas subindo a linha defensiva para encurtar espaços;
- Constante equilíbrio posicional no momento da perda de posse de bola;
- Posse de bola com passes laterais mas sobretudo verticais, com rápida circulação e envolvendo os laterais no processo;
- Mobilidade do ponta de lança, contudo, sem perder verticalidade, Nelson Oliveira executou muito melhor do que Postiga. 

Eu vejo-nos seguir em frente com perseverança e boa gestão emocional, Ronaldo não pode ser uma fixação para o alto ou baixo rendimento da seleção Nacional. Portugal deve ser um colectivo e Ronaldo deve ser apenas mais um mesmo envergando a braçadeira de capitão.
Um bem haja e CARREGA PORTUGAL...

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